04 de ago |

Quem aí não conhece Klara Castanho? A atriz ganhou as telinhas, e o coração do público, desde bem nova quando começou a estrelar as telenovelas da rede globo esbanjando talento e carisma.
Com 21 anos completos, para alguns telespectadores é ainda difícil assimilar que aquela garotinha cresceu e virou uma mulher, que trabalha bastante, faz questão de lutar a favor de causas sociais, e infelizmente como outras milhares espalhadas pelo país, foi desrespeitada, humilhada e violentada por um dos tipos de violência mais cruéis que existem.
Klara, no auge de sua juventude, foi dilacerada com a dor da violência s3xual. Vítima de um estupro, a atriz engravidou e descobriu apenas quando a gestação já estava no fim.
Surpreendentemente teve talvez uma das atitudes mais comedidas para o momento tão terrível que estava passando, se resguardou, buscou apoio familiar e jurídico e, admitindo sua incapacidade para cuidar daquele ser e pensando no futuro da criança fruto de tanto trauma, decidiu entregá-la à adoção.
Mas Klara é uma menina do Brasil, um país com índices absurdos de violência contra a mulher e no qual o machismo ainda caminha presente em quase todos os cenários e ambientes. Além de ter passado por tudo isso, teve sua privacidade violada por profissionais (se é que assim pode dizer) e acabou tendo tudo divulgado por perfis de fofoca como Leo Dias e Antônia Fontenelle.
Todas as violências que Klara sofreu ao longo dessa história, revela o retrato de uma sociedade doente, que machuca, expõe, culpa a vítima e tem mais horror ao ab0rt0 do que aos criminosos.
Pedir mudança já ficou repetitivo, mas o que esperamos com o coração partido é que a indignação se converta em justiça!